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Pau Brasil e Mama Cadela


Pau-brasil
Nome Científico: Caesalpinia echinata
Família: Leguminosae-caesalpinoideae
Nomes Populares: ibirapitanga, orabutã, brasileto, ibirapiranga, ibirapita, ibirapitã, muirapiranga, pau-rosado e pau-de-pernambuco.
Origem: Mata Atlântica
A Mata Atlântica é uma formação vegetal que está presente em grande parte da região litorânea brasileira.
Ocupa, atualmente, uma extensão de aproximadamente 100 mil quilômetros quadrados. É uma das mais importantes florestas tropicais do mundo, apresentando uma rica biodiversidade.
A Mata Atlântica encontra-se, infelizmente, em processo de extinção. Isto ocorre desde a chegada dos portugueses ao Brasil (1500), quando iniciou-se a extração do pau-brasil, importante árvore da Mata Atlântica. Atualmente, a especulação imobiliária, o corte ilegal de árvores e a poluiçãoambiental são os principais fatores responsáveis pela extinção desta mata.
Pau-brasil é o nome genérico que se atribui a várias espécies de árvores do gênero Caesalpinia presentes na região da Mata Atlântica brasileira. O nome de nosso país teve origem nesta árvore.
Uma das características mais importantes do pau-brasil é a madeira pesada com a presença interna de um extrato que gera uma espécie de tinta vermelha. Por ser de alta qualidade, a madeira desta árvore é muito usada na fabricação de instrumentos musicais como, por exemplo, violinos, harpas e violas.
A presença de pau-brasil na Mata Atlântica era muito grande até o século XVI. Porém, com a chegada dos portugueses ao Brasil teve inicio a extração predatória do pau-brasil. Os portugueses extraíam a madeira para vender no mercado europeu. A madeira era transformada em móveis, enquanto o extrato era usado na produção de corante vermelho.
Atualmente, é baixa a presença de pau-brasil na Mata Atlântica. Inclusive, existe lei federal que considera crime o corte ilegal desta árvore.
Em estudo realizado pelo naturalista francês Jean Baptiste Lamarck, a árvore do Pau-Brasil foi apresentada como tendo espinhos em seu tronco e galhos duros e pontiagudos destacando-se naturalmente no tronco. Sua casca é pardo-acinzentada ou pardo-rosada em suas partes salientes, seu miolo é vermelho, chegando a atingir até 40 metros de altura. As flores possuem pétalas amarelo-ouro, sendo uma delas denominada vexílio, por possuir matiz vermelho-púrpura e suas flores serem muito ornamentais. Seu fruto – a vagem – libera sementes, as quais possuem o formato de elipses, medindo de 1 a 1,5 cm de diâmetro.
Várias eram as suas utilidades – os índios o usavam na produção de seus arcos e flechas e na pintura de enfeites, antes mesmo dos portugueses aqui chegarem. Porém a famosa brasileína – essência corante extraída da madeira, utilizada no tingimento de tecidos e na produção de tintas para desenho e pintura – era o que poderia render lucros e dividendos à Coroa. Portugal, que antes adquiria esta substância por intermédio dos mercadores que vinham do Oriente, visualizando um futuro promissor pela frente, tornou a exploração do Pau-Brasil posse exclusiva da Coroa.
A exploração
A exploração da árvore do pau-brasil veio a ser a primeira atividade econômica empreendida pelos portugueses em território brasileiro. Sua extração foi fácil, pois o pau-brasil estava localizado em florestas adjacentes ao litoral e havia um intercâmbio permanente com os índios, que talhavam e conduziam as toras em troca de mercadorias européias banais, tais como facões, machados, espelhos, panos, entre outras coisas.
O pau-brasil só poderia ser retirado de nossas matas se houvesse uma autorização preliminar da Coroa Portuguesa e o acerto das taxas era estipulado por esta. O primeiro a usufruir dessa concessão, em 1501, foi Fernando de Noronha, o qual tinha como sócios vários comerciantes judeus, porém, em troca desta permissão, tinham por obrigação enviar embarcações à nova terra, encontrar pelo menos trezentas léguas de costa, pagar uma quantia pré -estipulada à Coroa e também edificar e conservar as fortificações, mantendo assim a segurança do novo território tão almejado pelos invasores.
Era proibido aos colonos explorar ou queimar a madeira corante. Os espanhóis, por apreço ao que dizia o Tratado de Tordesilhas, retiraram-se do litoral brasileiro, ao contrário dos piratas franceses que, ignorando tal tratado, passaram a extrair a madeira ilicitamente, inclusive lançando fogo na parte inferior do tronco, causando muitos incêndios, o que veio a provocar sérios prejuízos à mata. O fim do ciclo econômico do Pau-Brasil ocorreu no século 19, pela enorme carência da espécie nas matas e pela descoberta de um corante não natural correlativo.
No ano de 1530, em alguns locais litorâneos, o pau-brasil já é insuficiente, apesar do Brasil ter mantido a exportação da madeira até o início do século XIX. A exploração era tosca, destruindo boa parte de nossas florestas. Do início de seu tráfico restou somente 3% de Floresta Atlântica e, por conseqüência, convivemos até hoje com o desmatamento indiscriminado que coloca em perigo nossa biodiversidade.
Sua floração ocorre do final do mês de setembro até meados de outubro. Entre os meses de novembro e janeiro ocorre a maturação dos frutos.
- O pau-brasil era considerado extinto, quando em 1928 verificou-se a existência de uma árvore de pau-brasil em um lugar denominado Engenho São Bento, hoje Estação Ecológica da Tapacurá, pertencente à Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRP).
Atualmente, a espécie está tão ameaçada quanto diversas outras que povoam a Mata Atlântica, que apesar de ser um dos ecossistemas de maior diversidade é também um dos mais ameaçados do planeta. Para que a árvore do pau-brasil, tão importante para a nossa história, não se torne desconhecida, o Jardim Botânico de São Paulo implantou, em 1979, um “bosque de pau-brasil”, na intenção de preservá-lo para que mais brasileiros conheçam esta espécie.



Mama-Cadela

Brosimum gaudichaudii
A mama-cadela (Brosimum gaudichaudii), também conhecida por mamica-de-cadela, algodão-do-campo, amoreira-do-campo, mururerana, apé, conduru, inhoré (no Ceará), é umarbusto lactescente e de pequeno porte muito comum na zona dos cerrados do Centro-Oeste brasileiro. Tem ramos cilíndricos, escuros e estriados e folhas duras, elípticas ou oblongas, sem pêlos na página superior e pubescente na inferior. Tem as flores reunidas em um receptáculo globosos, na axila das folhas, e frutos amarelo-alaranjados, semelhante às mamas de uma cadela, com cerca de dois centímetros de diâmetro. O princípio ativo encontrado na planta é uma furocumarina, o "bergapteno", presente nas raízes, cascas e frutos verdes. É utilizado principalmente no tratamento de vitiligo e outras doenças que causam despigmentação.
Nome comum
Mama-cadela, mamica-de-cadela, algodãozinho, irerê
Origem
Brasil
Descrição e característica da planta
É uma planta perene, arbórea, com 4 a 5 metros de altura. Ela ocorre em várias regiões do Brasil, principalmente nas áreas remanescentes dos cerrados, e abrangem o Distrito Federal e os estados de Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, São Paulo e Tocantins.
As folhas são simples, coriáceas (aspecto de couro), caducas (caem durante o inverno ou na época de longa estiagem nas regiões de clima quente), a forma é elíptica, com cerca de 16 centímetros de comprimento por 7 centímetros de largura e nervuras mais claras.
As flores são pequenas, sem pétalas, monóicas (têm flores masculinas e femininas separadas na mesma planta), autoférteis e emitidas nas axilas das folhas com os ramos.
Os frutos são globosos, com 2 a 3 centímetros de diâmetro, cheios de calosidades, que lembram verrugas, polpa amarela, quando maduros, doces, suculentos e fibrosos.
As condições favoráveis ao seu desenvolvimento e frutificação são: temperatura amena a quente, solos profundos, bem drenados, não é exigente em fertilidade do solo e adaptada ao longo período sem chuva durante o inverno, porque apresenta um sistema radicular bem desenvolvido e profundo nos solos do cerrado. A propagação é feita através de sementes e por estacas de raiz.
Produção e produtividade
Em se tratando de planta do cerrado e ainda explorado de forma extrativista, não existem informações mais concretas sobre a produtividade. Nas condições do cerrado da região de Brasília, DF, cada árvore produz 30 a 100 frutos.
Possivelmente, essa produtividade pode ser bem maior, se cultivadas em pomares comerciais e com adubações para aumentar o seu desempenho, mas pouco se sabe sobre o comportamento dessa planta quanto à ocorrência de pragas e de doenças.
Utilidade
Os frutos maduros são consumidos ao natural e muito apreciados pelas populações locais. A polpa fibrosa funciona como goma de mascar natural.
Consumidos também na forma de sucos, doces, bebidas e sorvetes, além de diversos usos na medicina popular. A planta pode ser usada na arborização de praças, parques e na recomposição de matas de áreas degradadas e de matas ciliares.

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